O RMS Titanic será eternamente lembrado por seu naufrágio logo em sua primeira viagem, em 1912. E o filme lançado em 1997, pelo diretor James Cameron e estrelado por Leonardo di Caprio e Kate Winslet, reacendeu o interesse público na história do cruzeiro. Mas uma nova teoria garante que um incêndio também contribuiu para selar o destino do Titanic.
Senan Molony é um jornalista que dedica boa parte de sua carreira para estudar o naufrágio do Titanic. Ele teve acesso a novas documentações sobre o navio lembra que três semanas antes da viagem, um incêndio se alastrou no cruzeiro, quando ele ainda estava no estaleiro de Belfast, local onde foi construído.
Como foi um incêndio controlado e os responsáveis pelo navio não queriam assustar os passageiros ou atrasar a viagem inaugural da embarcação que “jamais afundaria”, eles esconderam tal problema e proibiram que funcionários falassem sobre ele.
Quando chegou no porto de Southampton para embarcar seus passageiros, o Titanic foi ancorado de maneira que o lado afetado pelo fogo ficasse virado para o mar, assim ninguém conseguiria ver o estrago feito pelo incêndio.
Estrutura enfraquecida
Molony e sua equipe se basearam em imagens inéditas da embarcação para sustentar essa nova teoria. Em uma entrevista para o jornal The Independent, o jornalista afirma: “o fogo era conhecido, mas foi minimizado. Por isso, ele nunca deveria ter ido para o mar.”
Ao conversar com especialistas em metalurgia, Molony lembra que o aço pode ficar enfraquecido, dependendo da temperatura atingida no incêndio: “Temos especialistas em metalurgia que afirmam que quando se atinge uma determinada temperatura contra o aço, ele se torna mais frágil, reduzindo sua resistência em até 75%”, disse. Por isso que o casco do Titanic não aguentou o impacto com o iceberg.
“A investigação oficial sobre o Titanic definiu o naufrágio como um ato de Deus. Mas, isso não é uma simples história de um iceberg e um afundamento, mas uma tempestade perfeita de fatores extraordinários ocorridos ao mesmo tempo: o fogo, o gelo e uma negligência criminosa”, adicionou Molony.
Mesmo se tivesse chegado a Nova York, seu destino final, Molony lembra que provavelmente o Titanic chegaria com algumas dificuldades, por conta de fortes explosões que ocorreram em seu interior.
Texto por Augusto Ikeda
Edição por Igor Miranda