Além dos danos à saúde pública, a produção e o consumo de produtos derivados do tabaco geram importantes impactos socioambientais em todo o planeta. Um deles é o uso de lenha para aquecer estufas, que secam as folhas de tabaco e que leva ao desmatamento e ao desequilíbrio da biodiversidade, em tempo de constantes mudanças climáticas. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Dia Mundial sem Tabaco 2017, lembrado no dia 31 de maio de 2017, a entidade adotou como tema da campanha “Uma ameaça ao desenvolvimento”. A proposta consiste em um apelo aos países-membros para que implementem medidas consistentes de controle do tabaco, incluindo a proibição de todo tipo de marketing e publicidade relacionados ao assunto, a adoção de embalagens simples para os produtos e o aumento de impostos especiais voltados para o setor.
Veja, abaixo, uma série de dados divulgados pela OMS sobre o consumo de tabaco pelo mundo:
- O consumo de tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas todos os anos;
- O custo dessa situação aos lares e governos é de mais de US$ 1,4 trilhão, em razão de despesas com saúde e da perda de produtividade;
- Resíduos de tabaco contêm mais de 7 mil produtos químicos tóxicos que envenenam o meio ambiente, incluindo carcinogênicos humanos;
- Emissões de fumaça proveniente do tabaco contribuem com milhares de toneladas de carcinogênicos humanos, tóxicos e gases de efeito estufa para o meio ambiente;
- Cerca de 10 bilhões dos 15 bilhões de cigarros vendidos todos os dias no mundo são descartados no meio ambiente;
- O tabaco responde por cerca de 16% de todas as mortes provocadas por doenças crônicas não transmissíveis;
- Bitucas de cigarro respondem por 30% a 40% de todos os itens coletados em limpezas costeiras e urbanas.
- Cerca de 860 milhões de fumantes adultos vivem em países de baixa e média renda;
- Estudos mostram que nos lares mais pobres, gastos com produtos derivados representam mais de 10% do orçamento, o que significa menos renda para alimentação, educação e saúde;
- As plantações de tabaco comprometem o acesso de crianças à escola, já que entre 10% e 14% das famílias que vivem em fazendas onde o produto é cultivado perdem aula em razão do trabalho na lavoura;
- Entre 60% e 70% dos trabalhadores de lavouras de tabaco são mulheres, o que as coloca em contato constante com produtos químicos perigosos à saúde;
- No Brasil, em 2011, foram gastos R$ 23 bilhões com o tratamento de algumas das mais de 50 doenças relacionadas;
- Também no Brasil, a arrecadação com impostos sobre cigarros recolhidos no mesmo ano foi da ordem de R$ 6 bilhões – ou seja, não cobrem os gastos públicos com o problema.
Adaptado das informações retiradas de: Agência Brasil.
