Há 4 anos, o mergulhador peruano Alejandro Ramos Martínez estava em um dia normal de trabalho, coletando frutos do mar em Pisco, quando precisou emergir muito rápido do mar.
O acontecido desencadeou uma anormalidade bizarra no corpo do mergulhador: ele inflou!
Isso aconteceu porque Alejandro não seguiu as recomendações de segurança do uso de cilindros de oxigênio. O equipamento conta com nitrogênio, que entra na corrente sanguínea e se dilui aos poucos enquanto estamos debaixo d’água.
Por isso não é recomendado voltar à superfície muito rapidamente! O nitrogênio não consegue se diluir totalmente nem ser expelido pela respiração, passando a borbulhar e a expandir dentro do corpo humano.
Sendo assim, é muito importante passar pela descompressão em um mergulho. Tendo subido 30 metros de uma só vez, Martínez sofreu o acidente que poderia ter levado à sua morte.
Isso porque, em casos mais leves, a falta de descompressão pode causar apenas fadiga e dores nas articulações, mas nos mais graves pode até matar.
No corpo do mergulhador, o nitrogênio formou bolhas que se instalaram em seus músculos.
A medicina considera o caso único e, com muita dificuldade, tenta resolvê-lo. A solução encontrada até o momento foi administrar oxigênio em câmaras pressurizadas na esperança de que o nitrogênio acabe se comprimindo e se diluindo naturalmente.
Tem funcionado, já que as bolhas já diminuíram em cerca de 30%. Mas acredita-se que ainda serão necessárias mais de 100 sessões para o corpo de Alejandro voltar ao normal.
Além de parecer um “balão humano”, o mergulhador sofre muitas dores e precisa viver à base de analgésicos. A deformidade também afetou o quadril, que precisará de uma prótese quando o problema for superado, e o coração de Martínez, que se tornou hipertenso.