Cientistas a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI) fizeram uma descoberta bastante reveladora para a exploração do espaço: eles encontraram bactérias vivas na parte externa do laboratório, de acordo com um famoso cosmonauta russo.
Anton Shkaplerov, que retornará para a EEI no próximo mês, afirmou que cotonetes que foram esfregados na parte russa da estação revelaram a presença de uma forma de vida não identificada, que já foi enviada de volta para a Terra para análises científicas.
“De alguma forma, esse cotonetes revelaram a existência de bactérias que estavam ausentes durante o lançamento do módulo da EEI. Elas vieram do espaço sideral e se estabeleceram na parte externa. Elas estão sendo estudados e parece que não possuem nenhum perigo”, explicou Shkaplerov, para um agência de notícias russa.
Ainda de acordo com o cosmonauta, essas amostras foram coletadas em uma área obscura do exterior da estação, no qual é muito comum o acúmulo de resíduos do combustível dos motores do módulo.
O que faz a descoberta das bactérias ser ainda mais interessante, intrigante e animadora é que ainda não existe uma explicação de como que esses micro-organismos foram parar lá, e nem o que eles são, exatamente.
Já há quem diga que essa pode ser a primeira forma de vida alienígena descoberta, se levarmos enconta o que foi dito por Shkaplerov. Mas ainda são enormes as chances dessas bactérias serem realmente terrestres.
Por exemplo, essa não é a primeira vez que a Roscosmos, a agência espacial russa, afirma ter encontrado evidências de micróbios e bactérias no exterior da estação. E todos eram de origem terrestre.
Em um experimento conduzido entre os anos de 2010 e 2016, astronautas encontram diferentes tipos de micro-organismos, como uma espécie plâncton bacterial e um tipo de micróbio do solo que costuma ser encontrado na ilha de Madagascar.
A explicação mais aceita para que esses tipos de micro-organismos tenham parado na EEI é que eles podem ter sido transportados por meio de correntes de ar que podem chegar até a atmosfera da terra.
Outra hipótese muito aceita é que o exterior da estação foi contaminado, de alguma forma, pelas pessoas, equipamentos e naves que são lançadas da terra. Isso seria algo até pouco surpreendente, se levarmos em conta o grande número de astronautas que já viveram no local.
De qualquer forma, essa descoberta é de grande importância, especialmente em relação à procura por vida alienígena e para a exploração espacial no futuro. Mas ainda temos de aguardar as análises para descobrir o que exatamente são essas bactérias encontradas no interior da estação.