Um dos mistérios que mais intrigam astrônomos mundo afora é como que a Lua foi formada. A hipótese mais aceita sobre o assunto é que ela seria resultado de uma colisão da Terra com um planeta semelhante a Marte. Só que uma nova teoria diz que nosso único satélite natural pode ter surgido em formato de rosquinha.
Esta nova teoria, que acaba de ser publicada no periódico Journal of Geophysical Research, diz o seguinte: após a colisão com esse suposto planeta, a Terra, que ainda se formava, girou muito mais rápido do que o imaginado, o que resultou em uma massa de rochas vaporizadas em formato de rosquinha.
Conforme essa “rosquinha cósmica” foi resfriando, o magma em suas extremidades acabou se agrupando e, eventualmente, se soltou para formar a Lua.
Vale lembrar que antes da chegada do homem na Lua, acreditava-se que ela foi formada por materiais do objeto cósmico que acertou nosso planeta. No entanto, as amostras coletadas pelas missões Apollo revelaram que nosso satélite natural era, quimicamente, um “gêmeo” da Terra.
“O novo trabalho explica algumas características da Lua que são complicadas de se resolver com as atuais ideias. A Lua é, quimicamente, quase igual à Terra, mas com pequenas diferenças. Esse é o primeiro modelo que casa com os padrões de composição da Lua”, explicou a física Sarah Stewart, que formulou essa nova teoria.
Essa rosquinha, inclusive, ganhou o nome de sinestia dentro da pesquisa. Simon Lock, um dos envolvidos no estudo, disse que a Lua se formou dentro do nosso planeta em temperaturas pouco acima de 3 mil graus, a uma pressão de mais de 10 atmosferas.
“A missão Apollo descobriu que a Lua é praticamente um gêmeo da Terra, especialmente em seu manto, que tem os mesmo elementos chave e a mesma proporção de isótopos. Diferentes elementos são como impressões digitais. Qualquer asteroide ou planeta tem sua impressão digital, com a exceção da Terra e da Lua. A teoria do grande impacto estava errada”, comentou Stewart.