O maior terremoto já registrado na história aconteceu no Chile, em maio de 1960. O evento ficou conhecido como Terremoto de Valdívia e foi catastrófico, alcançando 9,5 graus na escala Richter, que vai até 10.
O tremor durou cerca de apenas 10 minutos, mas gerou diversos desastres, incluindo tsunamis com ondas que atingiriam 25 metros de altura e varreram parte da costa chilena.
O terremoto deixou mais de 1600 mortos, 3 mil feridos e 2 milhões de desabrigados, alterando até a geografia do Chile, tamanha a intensidade.
Para se ter uma ideia, o tremor liberou uma energia de destruição equivalente a 20 mil bombas atômicas como que foi lançada na cidade japonesa de Hiroshima, no Japão, no final da Segunda Guerra Mundial.
Valdívia, que acabou batizando o evento, foi a cidade mais afetada. O terremoto foi resultado de uma subducção de placas tectônicas, quando a placa de Nazca entrou 30 metros por baixo da placa Sul-Americana, gerando os tremores de terra.
O contato entre as duas placas aconteceu no mar, a cerca de 160 quilômetros da costa do Chile.
Foi o maior terremoto da história, o que fez com que afetasse também outros lugares do mundo. Os tsunamis causaram estragos não só no Chile, mas em todo o oceano Pacífico, em países como os Estados Unidos, Japão e Filipinas.
Até mesmo a rotação da Terra foi alterada, reduzindo os dias em alguns milissegundos.
Danos geográficos
No Chile, até mesmo a geografia local foi alterada. Em Valdívia, algumas porções de terra desceram quase 3 metros, rios tiveram seu curso alterado e até hoje é possível ver alguns desses estragos causados, como postes antigos em áreas hoje pantanosas.
Algumas ilhas próximas tiveram um efeito contrário, subindo cerca de 5 metros em relação ao nível do mar.
Como se não bastasse, o terremoto também provocou uma grande erupção no vulcão Puyehue apenas dois dias depois. O Chile aumentou em área equivalente a 1500 campos de futebol.