Depois da assustadoras vespas assassinas da América do Norte, cientistas descobriram agora o que estão chamando de formigas do inferno.
Mas felizmente, essas estão extintas e viveram na Terra há cerca de 99 milhões de anos, provavelmente incomodando bastante os dinossauros que habitavam o planeta nessa época. O apelido é por causa de um “chifre” que a espécie possuía entre as antenas.
As formigas do inferno foram descobertas após os pesquisadores encontrarem um pedaço de âmbar, ou resina fossilizada, onde uma formiga estava comendo um outro inseto, ancestral das baratas, em Mianmar.
Entre as principais diferenças das formigas do inferno para aquelas comuns, que existem até hoje, está a mandíbula e a forma como elas caçavam.
Formigas modernas possuem mandíbulas que se abrem na horizontal, como uma pinça, mas esse não era o caso das formigas do inferno.
Todas as espécies descobertas até hoje apresentavam mandíbulas verticais, assim como as nossas, além dos “chifres” que não servem só para o apelido. Possivelmente eles eram como canudos, espetados nas presas e usados para sugar alimento de dentro delas.
Acredita-se que essas tenham sido as primeiras formigas a existirem no mundo. Elas teriam sido extintas junto com os dinossauros, por um cataclismo ocorrido há 65 milhões de anos.
Os paleontólogos agora buscam entender porque as formigas do inferno morreram nessa extinção em massa, enquanto as ancestrais das formigas modernas sobreviveram, chegando até os dias atuais.
Insetos do inferno
Apesar do nome e da descrição assustarem um pouco, as formigas do inferno não eram tão maiores do que as atuais.
A que foi descoberta no âmbar de Mianmar tem o comprimento de uma moeda, em média, o que a torna ainda pequena em comparação com outros animais. Mas nem sempre os insetos foram pequenos desse jeito.
Há 300 milhões de anos, muito antes das formigas do inferno, em um planeta com a atmosfera diferente, existiram insetos realmente gigantes.
O exemplo mais conhecido é a chamada meganeura, uma libélula do tamanho de um pássaro, que conseguia se alimentar de outros insetos e pequenos répteis.