Uma caça coletiva de 1.400 golfinhos, na praia de Skálabotnur, nas Ilhas Faroé surpreendeu o mundo no último domingo (12). A morte dos animais marinhos deixou a água do mar completamente vermelha de sangue.
De acordo com a organização internacional sem fins lucrativos de conservação marinha, Sea Sheperd, que tenta impedir a prática, a tradição de caçar golfinhos e baleias faz com que homens deem facadas nos bichos enquanto eles se debatem até a morte na parte rasa do oceano.
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Apesar de ser um ato tradicional das ilhas do território dinamarquês, a matança deste ano foi tão brutal que os próprios moradores se revoltaram com as mortes coletivas, segundo o The Guardian.
Não é uma prática ilegal
No entanto, apesar das imagens chocantes, a prática de “gringadráp” é considerada legal carregada pelos feroicos desde o século 16 e a carne dos animais é direcionada aos nativos da região.
Mas o que causou a revolta popular é que a caça de 2021 foi excessiva* para abastecer cerca de 53 mil habitantes, sendo que apenas 17% destes consomem de fato o produto, explica o canal Euronews.
O governo das Ilhas tem regulamentado a atividade nos últimos anos e exige que os praticantes tenham uma licença para poder sacrificar os animais rapidamente e sem sofrimento.
Apesar da lei, a CNN Internacional revelou que a maioria dos caçadores não tinham a autorização governamental para participar do ato de apego cultural.
Em uma declaração de um dos supervisores da atividade, Heri Petersen explicou que os golfinhos sufocaram à beira-mar devido a falta de homens licenciados, bem como o excesso de controle do volume de animais.
*Dados oficiais mostram que cerca de 250 animais são capturados na região anualmente.