As Olimpíadas são um momento de alegria, um tempo de paz e a hora dos melhores atletas do mundo se reunirem em espírito de competição amigável e fraternidade. Pelo menos na teoria. Mais frequentemente, os Jogos Olímpicos se transformam em um mundo de protestos, ataques e absurdos absolutamente surreais. Aqui estão algumas das maiores loucuras que já aconteceram nas Olimpíadas.
Massacre de pombos
As Olimpíadas incluem numerosas provas de tiro, usando pistolas, fuzis e até arcos. Normalmente, porém, os alvos não estão vivos e podemos agradecer aos Jogos Olímpicos de Verão de 1900 em Paris por isso. Além dos eventos normais, os parisienses decidiram também realizar uma série de competições pra ver quem poderia matar mais pombos ao vivo. Naturalmente, isso resultou num banho de sangue espetacular que horrorizou os espectadores e em atletas salpicados de sangue em toda a zona rural francesa. A reação resultante levou a uma proibição contra alvos vivos, levando ao desenvolvimento do “pombo de argila” dois anos mais tarde, que ainda está em uso hoje. Progresso!
E a plateia vai à loucura
Há prós e contras em competir na frente dos seus fãs como representante do país anfitrião. A honra é grande – tanto quanto a pressão pra vencer. E a pressão nunca foi tão forte quanto nas competições de boxe nas Olimpíadas de Seul de 1988. Depois do búlgaro Alexander Hristov ser premiado com uma decisão 4-1 sobre o herói da cidade, Byun Jong-il, a equipe sul-coreana invadiu o ringue e agrediu o árbitro neozelandês Keith Walker. Fãs da multidão correram pro ringue, resultando em um corpo a corpo massivo – guardas de segurança armados, eventualmente, assumiram o controle, mas não até Walker ser socado várias vezes. Após o combate, ele fugiu do país, temendo por sua vida.
Maratona Freak Show
A maratona das Olimpíadas de 1904 em St. Louis foi um desastre épico do início ao fim. Muitos dos participantes nunca tinham corrido uma maratona antes e os organizadores do evento propositadamente privaram os corredores de beberem água como um teste científico pra ver o que iria acontecer. Alerta de spoiler: bosta. Um atleta quase morreu de hemorragia interna após a inalação de poeira excessiva romper o revestimento do estômago, enquanto outro foi perseguido por uma matilha de cães selvagens.
Talvez inspirado pelos absurdos – e por cólicas severas – o estadunidense Fred Lorz decidiu ignorar a segunda metade da maratona, entrou num carro e dirigiu até a linha de chegada, onde os árbitros não sabiam que ele havia trapaceado e declararam-no vencedor. Lorz tratou tudo como se fosse uma piada, até que alguns organizadores sensatos finalmente anularam sua vitória. O verdadeiro vencedor, Thomas Hicks, cambaleou até a linha de chegada uma hora depois, quase morto pela estricnina que seus assessores haviam lhe dado como um estimulante no lugar da água. E tem gente que se acha radical por misturar antibiótico e cachaça…
Padre maldito
Nas Olimpíadas de Atenas de 2004, o maratonista brasileiro Vanderlei de Lima parecia à beira de realizar o sonho da sua vida ao ganhar a medalha de ouro e trazer glória ao nosso país. Mas sempre existe um babaca à espreita até nesses momentos… Liderando a maratona com apenas 6 quilômetros faltando, Vanderlei foi subitamente atacado por um espectador vestindo quilt enlouquecido chamado Cornelius “Neil” Horan, um padre depravado com histórico de embriaguez e doença mental. Vanderlei conseguiu afastar Horan e, eventualmente, terminou a corrida, mas não até ser ultrapassado por dois maratonistas. Ele foi forçado a se contentar com a medalha de bronze, mas como existe justiça nesse mundo, os organizadores Olímpicos deram-lhe um prêmio especial por exemplificar o espírito olímpico.
Expulsão vitalícia
É raro um lutador de taekwondo se tornar um nome familiar. Futebol? Sempre. Mas taekwondo, nem tanto. Mas o cubano Ángel Matos fez manchetes em todo o mundo nas Olimpíadas de Pequim em 2008, infelizmente pelas razões erradas. Durante a disputa pela medalha de bronze, Matos sofreu uma lesão no pé e solicitou o tratamento de seus treinadores. Isso é permitido, mas apenas por um minuto – mais do que isso, é assumido que a lesão é muito grave pra continuar. O cubano passou por cima do tempo previsto, então os árbitros concederam a vitória ao cazaque Arman Chilmanov. Matos se enfureceu e chutou o juiz sueco Chakir Chelbat na cabeça – caso você não saiba, agredir o juiz é falta em qualquer esporte.
Matos pode não ter ganho uma medalha, mas ganhou uma coisa duradoura naquele dia: a expulsão vitalícia de ambos os Jogos Olímpicos e a Federação Mundial de Taekwondo. Eita!
Mais massacre de pássaros
Por fim, encerramos onde começamos: com um bando de pássaros sendo cruelmente abatidos. Ao contrário das Olimpíadas de 1900, as aves mortas durante as cerimônias de abertura das Olimpíadas de 1988 em Seul foram assassinadas acidentalmente, embora ninguém saiba se isso foi melhor ou pior. Em um momento de tanta tragédia e comédia não intencional, a Coreia do Sul decidiu marcar seu grande momento Olímpico lançando um bando de pombas ao céu, num gesto simbólico de paz e harmonia. Infelizmente, elas foram libertadas muito perto da Pira Olímpica, que incinerou todas as pombas ao vivo na televisão. A multidão na arena não sabia ao certo o que estava acontecendo, então eles simplesmente aplaudiram freneticamente. Apenas os mais benevolentes conseguiram conter os risos.
Fonte: http://www.grunge.com/20988/craziest-things-ever-happened-olympics/