Brasileiro cria computador quântico com design revolucionário

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O físico brasileiro Guilherme Tosi, que atualmente trabalha na Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, inventou uma nova arquitetura revolucionária que pode ser usada em um novo tipo de computador quântico.

A ideia inovadora poderia permitir a fabricação de processadores quânticos em larga escala de forma muito mais fácil e barata do que se pensava ser possível até hoje, sem a necessidade do processo complicado da colocação precisa dos átomos de silício no processador.

Tosi e a sua equipe apresentaram um método onde os qubits (bits quântico)  podem ser colocados a centenas de nanômetros de distância uns dos outros. Diferente de outras abordagens, no novo método os bits permanecem acoplados uns aos outros pelo fenômeno do entrelaçamento (emaranhamento).

O professor Andrea Morello, coordenador da equipe, está impressionado com a engenhosidade do método proposto pelo pesquisador:

“É um design brilhante, e como muitos desses avanços conceituais, é incrível que ninguém tenha pensado nisso antes. O que Guilherme e a equipe inventaram é uma nova maneira de definir um qubit de spin, que usa tanto o elétron quanto o núcleo do átomo. Fundamentalmente, este novo qubit pode ser controlado usando sinais elétricos, em vez de magnéticos. Os sinais elétricos são significativamente mais fáceis de distribuir e localizar dentro de um chip eletrônico”.

A nova arquitetura do processador possui uma enorme vantagem em relação aos qubits usados em outros computadores quânticos, criados por empresas como a IBM ou Google, por evitar o problema da necessidade de deixar os átomos muito próximos, com uma distância entre 10 a 20 nanômetros.

“Se eles ficam muito próximos ou muito distantes, o ‘emaranhamento’ entre os bits quânticos – que torna os computadores quânticos tão especiais – não ocorre”, explicou Tosi, o que tornaria o equipamento incapaz de realizar o processamento de informações.

A abordagem inovadora do pesquisador se destaca por ficar exatamente no ponto ideal entre a dificuldade de colocar qubits na distância precisa, e o risco de começar com circuitos grandes demais.

A descoberta pode ser o primeiro passo para o início da produção de computadores quânticos em escala industrial, o que poderia mudar drasticamente o futuro da computação quântica e a acessibilidade deste tipo de tecnologia para o usuário comum.

Com informações da InovaçãoTecnológica.



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