Um ‘Sol artificial’ pode parecer algo distante da realidade, mas é exatamente isso que foi feito na China, com direito a recordes de temperatura maiores do que os da estrela. O gerador criado pelos chineses funciona à base de fusão nuclear e pode ser o futuro em matéria de geração de energia na Terra, já que nada produz tanta energia de forma relativamente “fácil”, como esse método.
O equipamento conhecido pela sigla EAST foi criado pelo Instituto de Física de Plasma chinês. Trata-se de praticamente uma miniatura do Sol, com 11 metros de altura e peso de 360 toneladas. Esse brinquedo recentemente alcançou uma temperatura de 100 milhões de graus Celsius em seu núcleo, o que equivale à cerca de 6 vezes a temperatura média da superfície solar.
O efeito durou apenas 10 segundos, mas é o suficiente para acender o alerta dos cientistas. A energia criada por fusão nuclear é a mais limpa possível, produzida sem gerar nenhum tipo de gás ou detrito que possa comprometer o meio ambiente. No entanto, é muito difícil fazer isso funcionar em um ambiente como a Terra, embora aconteça em grande escala e o tempo todo dentro de estrelas.
A boa notícia é que esses 10 segundos foram suficiente para que a fusão se tornasse autossuficiente, ou seja, conseguisse alimentar a si própria para gerar mais energia. Parece que o Sol vai ganhar concorrência muito em breve.
Fusão nuclear e a criação do Sol
Foi em um processo parecido com esse realizado na China, só que em escala muito maior, que o Sol e as estrelas foram formados. Tudo começou com uma nuvem de poeira que acabou sofrendo alguma influência e entrou em colapso, fazendo com que suas partículas se unissem de forma tão forte, que os átomos de hidrogênio passaram a se fundir, dando origem a átomos de hélio.
Essa fusão nuclear é a responsável por gerar a tão procurada energia e ela acontece até hoje no interior do Sol. É esse o processo responsável pela luz emitida por ele e pelas outras estrelas, resultando na energia que as mantém vivas.