Foi detectada a colisão de buracos negros mais forte já registrada pela ciência. Não só é a mais forte como também a mais antiga, datando de antes do nascimento do Sistema Solar. A colisão gerou ondas gravitacionais tão fortes que podem ser detectadas até hoje, ainda que fracas, mesmo com o evento tendo acontecido a aproximadamente 5 bilhões de anos.
O sinal detectado foi tão forte que os cientistas responsáveis demoraram a fazer o anúncio, chegando a acreditar em alguns momentos que se tratava de alguma informação manipulada, possivelmente inserida nos sistemas por hackers, mas com o tempo, mais evidências foram obtidas de que a colisão dos buracos negros foi realmente colossal.
Após analisarem dados coletados desde 2015, as equipes dos observatórios LIGO e Virgo publicaram as informações que obtiveram. A maior das explosões e também a mais antiga, ocorrida há 5 bilhões de anos, ocorreu entre dois buracos negros com massas equivalentes a 50 e 34 Sóis, respectivamente. É sem dúvida a maior explosão gravitacional já registrada pela ciência.
Os cientistas só cravaram a informação após observar outros dados que mostram que colisões semelhantes estão acontecendo o tempo todo, embora nenhuma seja tão forte quanto essa específica. Existem pelo menos 11 eventos como esse acontecendo na área observada pelos cientistas nesse exato momento.
Difícil, mas não impossível
Os observatórios de ondas gravitacionais conseguem detectar, com base nas ondas captadas, as massas aproximadas dos buracos negros antes da colisão e também do novo objeto formado após a colisão. Embora o evento registrado há 5 bilhões de anos seja raro, existe a chance de algo parecido ocorra em um futuro não tão distante.
Dos 20 buracos negros detectados inicialmente, 8 deles possui uma massa entre 30 a 40 Sóis. Os dois menores equivalem a 7 e 8 sóis, porém um deles em específico possui uma massa equivalente a 50 estrelas do tamanho do Sol. A colisão dele com outro buraco negro grande certamente seria um evento notável.