Cobra mais venenosa do mundo é da Austrália e soro teve história inusitada

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Entre najas, jiboias e jararacas, você sabe qual é a cobra mais venenosa do mundo? A espécie, como não poderia deixar de ser, é nativa da Austrália, país famoso por ter uma fauna bastante perigosa.

Além de ser uma verdadeira potência em termos de letalidade, a história de como foi criado o soro antiofídico para seu veneno é bem inusitada, resultado de um verdadeiro sacrifício.

A detentora do título de cobra mais venenosa do mundo é conhecida como taipan do interior, uma espécie do gênero Oxyuranius.

A letalidade do veneno dessa serpente é tanto que com a quantidade injetada em apenas uma picada, cerca de 110mg, seria possível matar 100 pessoas. No caso dos ratos, um dos pratos preferidos da taipan, uma picada daria conta de 250 mil deles.

Um soro antiofídico para uma espécie como a taipan do interior é imprescindível e ele só existe graças a um australiano chamado Kevin Budden.

Ele se considerava um herpetólogo amador e famoso capturador de cobras venenosas, se gabando de sua habilidade e números: 59 serpentes capturadas e apenas 5 picadas, isso aos 18 anos de idade.

Ele encontrou uma taipan do interior em 1950 e após passar muito tempo tentando manter a cobra imobilizada, acabou perdendo a força e sendo picado.

Ele morreu em questão de horas, mas a cobra permaneceu viva e foi usada para criar o primeiro soro antiofídico para veneno dessa espécie, cuja captura era extremamente difícil, por motivos óbvios.

Bem-vindo à Austrália

A Austrália é conhecida por ter uma fauna exótica e muitas vezes perigosa. O país possui cerca de 60 espécies de cobras venenosas, sendo que pelo menos 6 delas estão entre as 10 cobras mais venenosas do mundo.

Isso sem falar em outros animais peçonhentos, como insetos, e outros perigos, como o demônio-da-Tasmânia, que não recebeu esse apelido a toa.

Os problemas com cobras, em específico, são muitos. Em um ano, acontecem cerca de 500 picadas acidentais, mas felizmente a taxa de letalidade é baixa, com números anuais entre 3 e 5.

Daí a importância de pessoas como Kevin Budden, mas a segurança poderia ter sido maior no caso dele.



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