Um órgão estatal da Coreia do Norte ameaçou, nesta quinta-feira (14), usar bombas nucleares para “afundar” o Japão e reduzir os EUA a “cinzas e escuridão”, em reação à decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), na última segunda-feira, de aprovar novas sanções contra Pyongyang.
As sanções, aprovadas por unanimidade, vieram após o regime norte-coreano ter realizado seu sexto e maior teste nuclear, no dia 3.
O Comitê norte-coreano para a Paz da Ásia-Pacífico, que lida com assuntos externos de Pyongyang, também defendeu o desmantelamento do Conselho de Segurança e o descreveu como “ferramenta do mal”, segundo comunicado divulgado pela agência de notícias norte-coreana KCNA.
EUA não se intimida
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, afirmou na quarta-feira que seu país é uma potência nuclear madura e não ficará intimidado pelas ameaças da Coreia do Norte. Mattis falou após inspecionar uma base do país que contém armas nucleares.
Em suas breves declarações, a autoridade do governo do presidente Donald Trump sinalizou que seria suicídio um potencial ataque nuclear aos EUA. “Não deve haver nenhuma dúvida”, disse ele a repórteres. “Nem tentem isso. Não funcionará.”
Nesta quinta-feira, Mattis recebe informações secretas do Comando Estratégico, perto de Omaha, Nebraska. Segundo ele, Washington realiza uma “revisão da postura nuclear”, que estaria quase concluída, mas não deu detalhes.
Como evitar a guerra
O secretário de Defesa disse que o crucial para evitar uma guerra nuclear é manter um arsenal suficiente para convencer um inimigo potencial de que ele não poderia vencer uma guerra nuclear com os EUA e portanto não deveria iniciar uma.
Mattis também disse que o governo Trump revisa a validade de um acordo negociado com a Rússia em 2010, durante a administração de Barack Obama. O tratado, já em vigor, prevê a destruição dos dois lados de no máximo 1.550 ogivas nucleares estratégicas até fevereiro. “Nós ainda trabalhamos para decidir se essa é uma boa ideia”, comentou.
Os EUA têm alegado que Moscou viola o tratado sobre forças nucleares de potência intermediária, de 1987. O secretário disse que os EUA não pretendem se retirar do acordo de 2010, mas está em questão se ele será ou não estendido, após seu vencimento em fevereiro de 2021.