A vacina contra a covid-19 é o sonho de consumo de 10 entre 10 pessoas em todo o mundo, mas há um pequeno e importante empecilho contra ela, e não se trata de dinheiro ou capacidade de pesquisa dos cientistas.
Acontece que o mundo já experimenta uma escassez ou até mesmo falta de materiais e insumos de saúde, incluindo as seringas para aplicar a esperada vacina.
Parece algo simples, mas está longe de ser. E para isso, basta lembrarmos do início da pandemia, em março, quando alguns produtos simplesmente desapareceram das prateleiras de supermercado em todo o mundo.
Desde as essenciais máscaras de proteção, passando por sabonete e álcool em gel até o papel higiênico, tudo se estabilizou com o passar dos meses, mas foi difícil no começo.
Sabendo disso, alguns países, incluindo os Estados Unidos, país que mais sofre com a pandemia, já começaram a pensar em uma solução para que o mesmo não aconteça em relação às seringas e outros insumos que devem ter um aumento de procura quando a vacina estiver disponível.
Uma agência de saúde americana chegou a elaborar um relatório para o governo de Donald Trump, avisando que poderia haver uma falta de seringas, mesmo com doses de vacina suficientes pra imunizar a população.
Após ouvir um de seus conselheiros, o presidente americano se adiantou e fechou contrato com algumas das maiores fabricantes de insumos de saúde do mundo.
E o Brasil?
Famoso pela escassez de insumos mesmo fora dos tempos de pandemia, o Brasil também deve se preocupar com essa possibilidade.
O Ministério da Saúde, chefiado pelo General do Exército Eduardo Pazuello, encomendou 120 milhões de seringas, sendo 80 milhões de fabricantes nacionais e 40 milhões de fornecedores estrangeiros. Acontece que isso só daria para imunizar 57% da população.
A Becton-Dickinson, ou BD, maior fabricante de seringas no mundo e principal fornecedora tanto do Brasil como dos EUA, declarou que tem condições de aumentar a produção para suprir as necessidades de todos os países, mas deve ser avisada com antecedência, para que consiga dar conta da demanda gigantesca que deve aparecer com a chegada da vacina contra a covid-19.