Um furo foi encontrado na Estação Espacial Internacional (ISS) e estava despressurizando os módulos. O mais estranho: o buraco foi causado por ação humana e não te algum pequeno detrito espacial como se pensava a princípio. Felizmente, o problema já foi resolvido e a ISS continua em pleno funcionamento, mas a investigação sobre a causa do furo continua aqui na Terra.
A despressurização foi detectada e após procurarem em todos os módulos individuais da estação, foi detectado um furo de cerca de 2 milímetros de diâmetro no módulo russo da ISS. A situação não era urgente, mas os astronautas poderiam ficar sem ar em 18 dias caso não tivessem detectado o buraco.
O problema é que conforme o conserto prosseguia, foi percebido que o dano não foi causado por algum detrito espacial, como se achava a princípio, já que a fuselagem externa da ISS permaneceu intacta. O furo foi feito de dentro para fora e embora o módulo danificado seja responsabilidade da Roscosmos, agência espacial russa, a Nasa divulgou uma imagem e excluiu logo em seguida, mas é possível ver claramente marcas de uma broca que raspou na lateral de onde o buraco foi feito. Confira:
As informações não são muito claras, mas aparentemente a Energia Rocket and Space Corporation, fabricante russa do módulo, teria confirmado que um de seus funcionários teria feito o furo por acidente e colocado uma espécie de tecido para tapar o buraco. O remendo teria passado pelos testes de pressurização e a cola usada para grudar o tecido teria secado em órbita, revelando o furo.
Não colou
A Roscosmos sugeriu que o buraco fosse vedado com uma cola especial que eles já possuíam a bordo da ISS, mas o atual comandante da estação, o astronauta americano Andrew Feustel, chegou a argumentar com Houston sobre a eficácia da solução russa, pedindo que testes fossem realizados na Terra antes que os russos usassem o produto na ISS.
A Nasa e a agência espacial russa chegaram a discutir o assunto e após muita insistência a cola foi usada para tapar o furo e a pressão interna da estação foi normalizada. Mas ainda muito a ser esclarecido nessa história.
