Pela primeira vez, cientistas da Nasa estão podendo observar o nascimento de uma ilha através de satélites, mas uma lama misteriosa presente no local está intrigando os especialistas. A ilha ainda não tem nome e estima-se que vai permanecer firme por 30 anos, o que parece pouco, mas é certamente um recorde em formações vulcânicas desse tipo no meio do oceano.
A ilha recém-nascida fica localizada nas proximidades do arquipélago de Tonga, no oceano Pacífico. Ela é fruto de uma enorme erupção de um vulcão subaquático ocorrida em 2014, que durou mais de um ano, gerando uma coluna de fumaça e cinzas que alcançou incríveis 9 quilômetros de altura, alterando até mesmo rotas de aviões. A ilha resultante do magma que subiu e esfriou já dura mais de 3 anos e alcançou 120 metros em seu ponto mais alto. Veja um vídeo em time-lapse do desenvolvimento do lugar:
Apenas recentemente uma equipe da Nasa liderada pelo pesquisador Dan Slayback foi até lá, para estudar as propriedades do solo. Lá eles descobriram que o chão é formado por um cascalho negro muito mais grosso do que eles imaginavam e que algumas plantas, levadas por pássaros, já estão brotando no local, além de um ninho de corujas, as primeiras habitantes da ilha. No entanto, o que os intriga é a lama do lugar, expelida pela cratera do vulcão.
Como fazer uma ilha
Uma ilha como essas é formada quando duas placas tectônicas se chocam e uma se sobrepõe à outra. A que desceu acaba derretendo e a pressão faz com que o magma recém-formado suba para a superfície. Quando isso acontece no fundo do oceano, é formado um vulcão subaquático, que pode dar origem a ilhas como essa.
No entanto, a lama encontrada lá permanece um mistério, já que não é feita de nada que poderia ter saído do vulcão. Ela possui uma cor mais clara do que o cascalho da ilha e é espessa, pegajosa. Os cientistas se concentram agora em estudá-la, para entender em que momento da formação da ilha essa lama foi criada e como isso aconteceu.
