Na última quarta-feira (6), a NASA detectou a maior erupção solar dos úlimos 12 anos, o que causou a interrupção da transmissão de rádios na Terra. Foram duas ocorrências de alta intensidade, sendo que a segunda foi mais intensa desde 2005.
A erupção interrompeu a comunicação via rádio por uma hora, no lado da Terra que estava voltado para o sol, bem como comunicações de baixa frequência, que são utilizadas para navegação.
Especialistas dizem que a Ejeção de Massa Coronal (EMC), causada pela erupção, deve chegar ao planeta em um ou dois dias, e deve causar algum dano a satélites e sistemas de comunicação e energia da Terra. Uma imensa e impressionante aurora boreal ambém deve surgir no hemisfério norte do planeta.
As erupções de quarta-feira são de classe X, considerada a mais forte de todas. Elas foram detectadas pelo satélite do Observatório de Dinâmica Solar da NASA
A primeira chegou na categoria X2.2, a mais forte registrada desde 2015, só que a segunda alcançou X9,3. Já a que ocorreu no ano de 2005 chegou à marca de X17.
As duas erupções ocorreram em uma região ativa do sol, no qual uma erupção de intensidade intermediária ocorreu no último dia 4.
O atual ciclo do sol, que teve início em dezembro de 2008, viu a intensidade da atividade solar decair bruscamente, o que ganhou a alcunha de “mínimo solar.”
Os ciclos solares duram, em média, 11 anos, e no final de sua fase ativa, essas erupções se tornam extremamente raras, mas ainda podem ser muito poderosas.
As erupções solares são o resultado de explosões na superfície do sol, que são causadas por mudanças repentinas em seu campo magnético. Um buraco na camada mais externa da estrela faz o campo se “esticar” muito mais do que o usual, o que pode causar um aumento gradual dos ventos solares.
Durante as erupções solares de maior proporção, o sol também é capaz de lançar uma nuvem de plasma energético, o que recebeu o nome de Ejeção de Massa Coronal, citada no início do texto. Foi exatamente o que ocorreu na erupção da última quarta-feira.
“Algumas emissões de rádio sugerem que existe uma potencial EMC. No entanto, nós precisamos esperar até que algumas imagens capturadas no evento nos deem uma resposta definitiva”, explicou o cientista espacial Rob Steenburg.
As erupções maiores são conhecidas como “erupções de classe X”, e são baseadas em um sistema de classificação que divide o fenômeno, de acordo com a sua força.
As menores são as erupções de classe A, seguida pelos níveis B, C, M e X.
De forma semelhante à escala Richter, utilizada nos terremotos, cada letra representa um aumento, em 10 vezes, na quantidade de energia liberada. Assim, X é 10 vezes mais forte que M e 100 vezes mais poderosa que C. E dentro de cada uma delas, existe uma segunda escala, que vai de 1 a 9 (excluindo X)
Se a erupção chegar ao nosso planeta, a radiação liberada pelo fenômeno pode interromper transmissões de rádio e comunicações via GPS, pois ela é capaz de perturbar o campo magnético da erra.
As erupções maiores podem até mesmo afetar e derrubar o fornecimento de energia do planeta.