A cantora Lady Gaga revelou, recentemente, que possui fibromialgia, uma doença dolorosa que é difícil de ser diagnosticada, e suas causas exatas ainda são um mistério. Por conta do problema, ela precisou cancelar a apresentação que faria no Rock in Rio, que seria a principal atração do festival nessa sexta-feira (15). Ela pediu desculpas aos fãs prometeu que retornaria para o Brasil assim que fosse possível.
Em seu perfil no twitter, a cantora disse que o seu documentário, que será lançado na Netflix, retrata um pouco mais sobre a sua luta contra a dor crônica, e espera que ele ajude a aumentar ciência do problema e conectar as pessoas que sofrem com a fibromialgia.
A desordem crônica causa dores por todo o corpo, segundo o Instituto Nacional de Saúde dos EUA. Pessoas que possuem a condição têm os chamados “pontos de dor” – que costumam ficar localizados no pescoço, ombros, costas, quadris, braços e pernas -, que doem quando são tocados e pressionados. Normalmente, a dor afeta os músculos, mas também pode atingir as juntas e até mesmo a pele, segundo o Colégio Americano de Reumatologia (A própria palavra “fibromialgia” significa, literalmente, “dor nos músculos e tecidos”, em latim).
Além das constantes dores, pessoas com fibromialgia costumam ter outros sintomas, incluindo cansaço, problemas para dormir, dores de cabeça, formigamentos e dormência nas mãos e pés.
Acredita-se que 5 milhões de adultos nos Estados Unidos e 4 milhões no Brasil possuem a fibromialgia. De 80 a 90% dos casos ocorrem em mulheres, mas ela também pode afetar homens e crianças.
As causas exatas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas, provavelmente, alguns fatores contribuem para o aparecimento da síndrome. Por exemplo, certos genes podem fazer uma pessoa ser mais suscetível a desenvolver o problema. Além disso, vivenciar, fisicamente ou emocionalmente, um evento traumático também pode fazer com que a condição apareça.
Pesquisadores, agora, acreditam que as mudanças causadas pelo fibromialgia também podem afetar a maneira que o cérebro e o corpo podem se comunicar. Essas mudanças incluem o aumento dos compostos químicos do cérebro que avisam o corpo sobre a dor.
Além disso, seus receptores podem desenvolver uma “memória” da dor, o que faz o corpo reagir, de forma exagerada, a qualquer tipo de dor que apareça.
Diagnosticar a fibromialgia é um desafio, por conta de seus dois principais sintomas: dor e cansaço, que são fatores muito comuns. Mas os médicos que já estão familiarizados com a síndrome já conseguem notá-la com mais facilidade. Um fator que levam em conta são dores generalizadas, que duram mais de três meses e não possuem outra explicação médica.
Não existe cura para a fibromialgia, mas os sintomas podem ser aliviados com o uso de medicamentos e outros tratamentos que não usam drogas.
Com relação aos medicamentos, existem três drogas que conseguem aliviar os sintomas: duloxetina, milnaciprano e a pregabalina. Mas se você deseja buscar outras alternativas, exercícios de baixo impacto, como caminhadas, natação e andar de bicicleta, bem como ioga e tai chi chuan, também podem ajudar.