Partículas de plástico estão se acumulando em fezes humanas, diz estudo

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O plástico é um dos maiores problemas ambientais do mundo, estando presente nos mais diversos espaços. Segundo um estudo, o material, em forma de micro partículas que demoram para se decompor, está se acumulando até mesmo nas fezes dos seres humanos, por mais que, obviamente, a maioria das pessoas não esteja comendo plástico deliberadamente.

O estudo foi realizado pela Agência de Meio Ambiente da Áustria em parceria com a Universidade de Viena. Foram analisadas amostras de fezes de oito pessoas, cada uma de um país diferente, variando de Itália até o Japão. Todas as amostras apresentaram partículas de plástico na análise.

A única coisa em comum entre os participantes é o fato de que durante a semana em que as amostras foram colhidas, todos eles consumiram bebidas e alimentos armazenados em embalagens de plástico, como garrafas pet e pratos descartáveis. Foram detectados até 9 tipos diferentes do material em uma mesma amostra de fezes.

Segundo os pesquisadores, a presença do plástico em partículas no sistema digestivo pode trazer infecções, além de deteriorar a resposta imunológica da região intestinal. Produtos químicos tóxicos também podem ser transportados pelos pedaços microscópicos do material, prejudicando o corpo humano de várias formas, nem todas ainda conhecidas pela ciência.

A presença de micro partículas de plástico também já foi detectada em alimentos como peixes e também na água em diversas ocasiões e em quantidades que podem variar bastante, mas são prejudiciais independente da concentração.

Ilhas de lixo

A produção de plástico em todo o mundo tem sido uma das principais preocupações de todos os órgãos ambientais ao redor do mundo. Apenas 20% do material produzido no mundo é reciclado, com o resto sendo descartado na maioria das vezes em alto mar, onde forma ilhas gigantescas de lixo flutuante.

O plástico prejudica a vida marinha, frequentemente ferindo animais e atrapalhando seus ciclos de reprodução e alimentação. Alternativas menos agressivas ao meio ambiente estão sendo testadas em todo o mundo.



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