Os pinguins reis da Antártida vivem em grandes colônias, reconhecíveis do alto pela quantidade de fezes que eles deixam no chão.
Acontece que essas fezes possuem uma grande concentração de um certo gás, o que já afetou alguns pesquisadores que foram até o continente gelado para estudar esses animais. Aparentemente, a situação pode ficar muito engraçada.
As fezes dos pinguins reis contém uma grande quantidade de um gás chamado óxido nitroso, mais conhecido como gás hilariante, ou gás do riso.
O nome da substância explica sua ação: ao inalar uma certa quantidade do gás, a pessoa sente uma vontade incontrolável de rir, mesmo que nada de particularmente engraçado esteja acontecendo.
Além de ser extremamente poluente, o óxido nitroso também causa esse efeito. Foi o que sentiram alguns pesquisadores que estudavam colônias de pinguins reis na ilha de Geórgia do Sul, bem perto da América do Sul, mas ainda no território da Antártida.
Enquanto alguns começaram a se sentir “altos”, outros relataram náuseas e dores de cabeça, efeitos também comuns pela exposição ao gás.
A quantidade de gás que vêm das fezes dos pinguins ainda não é suficiente para causar algum tipo de dano ao meio ambiente, mas é justamente isso que os pesquisadores buscam entender, agora que as colônias têm ficado cada vez maiores e mais espalhadas pelo continente antártico. E ainda existe o problema, do cheiro, é claro.
Cheiro engraçado
Além de liberar gás do riso e formar verdadeiras manchas gigantescas na paisagem da Antártida, as fezes dos pinguins reis servem também como um dos adubos mais poderosos que existem, o chamado guano.
O guano, na verdade, é o acúmulo de detritos produzidos por vários tipos de aves, morcegos e até focas e leões marinhos. Ele se acumula em camadas grossas sobre a terra, muitas vezes “pintando” ilhas e espaços inteiros, onde geralmente esses animais frequentam.
Nem todos têm a particularidade de exalar gás do riso, felizmente.
