Balança, mas não cai: o movimento de rotação da Terra não é tão simples

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O movimento de rotação da Terra parece preciso e suave, mas na verdade não é. Existem alguns fatores que fazem ela balançar bastante enquanto gira ao redor de seu próprio eixo, por mais que seja imperceptível para nós que estamos em sua superfície.

Há pelo menos 3 razões para que o planeta tenha um movimento mais próximo de um pião do que de parece ter.

Girando a 1700 quilômetros por hora, a Terra sofre inclinações em seu eixo de rotação, mudando cerca de 10 centímetros a cada ano.

Isso é chamado de movimento polar e é uma das razões para que a rotação do planeta não seja “limpa”, ou seja, uniforme em seu movimento.

O movimento polar tem, segundo um estudo da Nasa, três motivações principais e muito diferentes entre si.

A primeira delas é chamada de rebote glacial. Isso acontece porque, durante a última era do gelo, a superfície da Terra não foi só coberta, mas também comprimida pelas calotas polares. Isso causou um efeito similar ao de um estofado, agora que o gelo está derretendo.

A superfície da Terra está “inflando” novamente, o que afeta a rotação. Além disso, há também a questão do magma do manto terrestre, que é praticamente líquido.

O fluxo de rocha derretida fervente também colabora para a alteração na rotação, já que o magma “ferve”, subindo e descendo.

O terceiro motivo

A terceira razão para que o movimento polar ocorra existe há menos tempo e tem raízes na ação humana.

Trata-se do aquecimento global, que não só colabora para o derretimento de gelo, tendo relação com o primeiro motivo, como também cria outro, o aumento do nível dos oceanos.

A quantidade de gelo derretido que hoje integra os oceanos não só coloca em risco cidades costeiras ao redor de todo o mundo, como também faz com que a pressão que essa água exerce sobre a superfície também afete a rotação da Terra.



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