Uma série de terremotos vem acontecendo desde o último dia 8 de fevereiro na região das crateras de Yellowstone, no estado americano de Montana. Um supervulcão inativo, como o que existe lá, definitivamente não é um bom lugar para terremotos.
De acordo com dados de pesquisas geológicas dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), desde o último dia 8, cerca de 200 tremores de terra foram registrados em Yellowstone, com o mais forte deles atingindo 2.9 na escala Richter.
Mas os cientistas não estão assustados. Segundo o Observatório de Vulcões de Yellowstone, séries de sismos como esses acontecem o tempo todo e nunca despertaram atividade vulcânica. Em 2017, uma dessas séries de terremoto começou e só foi terminar em setembro. Foram registrados cerca de 2400 tremores.
Na ocasião, o mais forte chegou a 4.4 na escala Richter e alguns pesquisadores acreditam que a série atual pode ser ainda uma continuação da que ocorreu no ano passado. É possível ainda que os tremores de 2017 e 2018 sejam ainda consequência de um grande tremor que aconteceu em 1959.
Ainda que uma erupção aconteça, os cientistas acreditam que seria apenas um fluxo de lava sem explosões e gases. “Um fluxo de lava seria um grande problema em Yellowstone, mas teria pouco impacto regional ou continental”, afirma o pesquisador Jamie Farrell.
Um enorme barril de pólvora
A última grande erupção em Yellowstone aconteceu há cerca de 640 mil anos. Desde então, 80 outras erupções foram registradas, mas nenhuma com a magnitude desta. O que é algo bom, já que outra super erupção teria consequências catastróficas nos dias atuais.
Segundo a Nasa, um evento como esse seria mais grave do que o impacto de um asteroide contra a Terra. O planeta provavelmente ficaria coberto por fumaça e cinzas durante anos, impossibilitando que a luz do Sol entre na atmosfera e atinja a crosta.
Por enquanto, Yellowstone dorme, mas é melhor não incomodá-lo.