Após 21 anos de observação, cientistas descobriram que o Sol aumenta e diminui de tamanho a cada 11 anos. Só que ninguém sabe exatamente o motivo dessa lenta “pulsação”, que felizmente não faz muita diferença para nós aqui na Terra, embora possa ser útil para determinar épocas com maior chance de tempestades solares.
Segundo o estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Côte d’Azur, na França e do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, nos Estados Unidos, o Sol aumenta ou diminui entre 1 e 2 quilômetros em seu raio nesse movimento, o que corresponde a uma variação de apenas 0,00029% em seu tamanho total.
Os cientistas só conseguiram perceber a alteração, que é muito pequena, observando variações na frequência das ondas de plasma emitidas pelo Sol, até que conseguiram enxergar um padrão de aumento e diminuição em ciclos de 11 anos. Os pontos máximos desses ciclos são denominados máximos e mínimos solares.
Durante os máximos solares, as ondas de plasma se multiplicam com mais frequência na região do equador solar e geram as chamadas manchas solares. Essas manchas denunciam maior probabilidade de ocorrência de tempestades solares, que são grandes emissões de radiação das quais a Terra é parcialmente protegida por seu campo magnético. Nos mínimos solares, essa atividade diminui.
Mas por que isso acontece?
A grande pergunta que permanece, no entanto, é por que o Sol “pulsa” dessa forma. Muito provavelmente os ciclos de aumento e diminuição têm relação com a atividade magnética do Sol, mas os cientistas simplesmente não conseguem definir qual é essa relação de uma forma mais exata.
É possível que a cada um desses ciclos os polos solares se invertam, mas nada de mais conclusivo foi determinado por enquanto. Esperamos que os cientistas não precisem esperar mais 21 anos por novidades sobre esse assunto. Novos dados e informações coletadas ao longo do tempo continuam sendo estudadas.