Stephen Hawking, físico britânico, morre aos 76 anos de idade

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O físico teórico e cosmólogo britânico Stephen Hawking, um dos cientistas mais populares do mundo, morreu nesta quarta-feira (14), aos 76 anos. A informação foi divulgada, via comunicado, pelos filhos do cientista, Lucy, Robert e Tim.

“Estamos profundamente entristecidos porque nosso querido pai morreu hoje”, declararam os filhos de Hawking. “Foi um grande cientista e um homem extraordinário cujo trabalho e legado perdurarão por muitos anos”.

O falecimento do físico foi repercutido em todo o mundo. A Agência Espacial Americana, a Nasa, falou sobre Hawking por meio do Twitter. “Suas teorias desbloquearam um universo de possibilidades que nós e o mundo estamos explorando. Pode continuar voando como Superman em microgravidade, como você disse aos astronautas no Space Station em 2014”, disse.

Stephen Hawking era tão conhecido por sua robustez intelectual quatno por sua fragilidade física – ele foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos, em 1963, quando ainda trabalhava em seu doutorado.

Apesar do prognóstico de apenas dois anos de vida, Stephen Hawking foi muito além: concluiu seu doutorado e tornou-se uma referência em sua área, a cosmologia – a ciência que estuda o Universo de forma abrangente. O cientista perdeu os movimentos do corpo e a fala de forma progressiva; mesmo assim, seguiu estudando e divulgando seus conhecimentos, a exemplo do livro best-seller ‘Uma Breve História do Tempo’.

Uma das teorias mais populares de Stephen Hawking é sobre a existência do Universo em si: para ele, se existiu um início pelo Big Bang, provavelmente, também haverá um fim, com os buracos negros, a partir da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.

Ele afirmou, ainda, que os buracos negros não são “negros” por completo, mas, sim, emitem certa radiação, o que contraria a teoria de que nada pode escapar deles. Sua constatação parte do princípio de que não há vazio absoluto no Universo – nem mesmo o vácuo espacial, que, segundo ele, tem flutuações em campos magnéticos.

Anos depois, em 2014, Hawking revisou sua teoria e afirmou, de forma chocante, que “não existem buracos negros” – ao menos da forma que é entendida nos dias de hoje. O cosmólogo descarta a existência de um “horizonte de eventos”, de onde nada pode escapar. Para ele, existe um “horizonte aparente”, modificado segundo as mudanças quânticas no buraco negro.

Embora tenha sido controverso em seus estudos, Stephen Hawking tem suas teorias respeitadas por todo o mundo. Foi um dos poucos cientistas capazes de trazer seus pontos de vista para fora do âmbito acadêmico, graças aos seus livros muito vendidos de divulgação científica.



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