Cientistas acabam de encontrar os registros mais antigos de tatuagens em um corpo humano na história. Essas evidências foram descobertas no corpo de duas múmias egípcias de 5 mil anos de idade, que estão em exposição em um museu britânico.
Tatuagens de um touro selvagem e de uma ovelha foram encontradas no braço de uma múmia do sexo masculino, enquanto que quatro espécies de letras S foram avistadas em um dos ombros de outra múmia do sexo feminino. Os pesquisadores acreditam que essa descoberta pode ajudar a melhorar nossa compreensão a respeito de como que as pessoas viviam nessa época.
Sobre a múmia do sexo masculino, que está bem preservada, os cientistas acreditam que esse homem morreu violentamente entre os seus 18 e 21 anos, após receber algum tipo de golpe pelas costas. Essa tatuagem em seu braço, em luz natural, parecia apenas uma mancha escura.
Mas com a ajuda da luz infravermelha, foi possível ver o desenho de dois animais com chifres, posteriomente identificados como um touro e uma ovelha, que casam com os desenhos utilizados no Egito antigo.
“Estamos confiantes que isso se trata de uma tatuagem e não de uma pintura ou decoração. Ela pode ter sido feita a partir de alguma espécie de agulha feita de ossos ou cobre. Essas tatuagens recuam as primeira evidências dessa arte em mil anos”, disse Daniel Antoine, curador do museu em que as múmias estão.
Já com relação aos quatros “esses” encontrados na múmia do sexo feminino, os pesquisadores acreditam se tratar de alguma pessoa de importância.
Antigamente, vale lembrar que muitos arqueólogos afirmavam que apenas as mulheres utilizavam tatuagens nessa época. Assim, as descobertas mostram que essas modificações corporais ocorriam nas pessoas dos dois sexos.
As tatuagens mais antigas da história pertenciam a Otzi, o Homem de Gelo, que foi encontrado por caminhantes alemães em 1991, em uma região montanhosa na divisa da Áustria com a Itália. Ele teria vivido perto da mesma época que as duas múmias egípcias.
Cientistas encontram mais de 100 pequenas tatuagens em seu corpo, que acreditam se tratar de alguma espécie de acupuntura a que Otzi se submeteu.
