Que 2020 foi um ano atípico, disso ninguém duvida. No entanto, até mesmo a rotação da Terra esteve diferente, mais rápida do que o normal.
Relógios atômicos que são usados pelos cientistas para medir a velocidade de rotação do planeta registtaram a quebra de recorde 28 vezes no último ano, algo que nunca havia acontecido. E se prepare: pois em 2021, isso deve ser ainda mais intenso.
As diferenças de tempo na rotação da Terra são influenciadas pela pressão atmosférica, pelas marés e o comportamento do campo magnético do planeta, entre outras coisas.
Essa variação é imperceptível, estando na casa dos milissegundos, e foi no dia 19 de junho de 2020 que tivemos o dia mais curto já registrado. A Terra completou uma rotação cerca de 1,4602 milissegundos antes do normal.
O recorde anterior aconteceu em 2005, mais precisamente no dia 5 de julho. E tudo indica que teremos novos recordes em 2021, de acordo com os pesquisadores que são responsáveis por fazer esse monitoramento nos relógios atômicos.
O site Time and Date fornece mais informações sobre essas medições de tempo específicos, que são referidas como Tempo Universal Coordenado (UTC, na sigla em inglês).
O UTC é o tempo a partir do qual todos os fusos horários do planeta são determinados. Essas variações de rotação, que foram comuns em 2020 e devem voltar a ser em 2021, fazem com que uma medida desconhecida precise ser tomada.
Segundo bissexto
Quando a variação de rotação chega a 0,4 milissegundos, os responsáveis por cronometrar o UTC precisam compensar as diferenças de alguma forma.
É nesse caso que é introduzido um segundo bissexto, um segundo extra na contagem geral do ano. A última vez em que tivemos um segundo a mais foi na virada do ano de 2016 para 2017.
Em 2021, a previsão é que os dias tenham uma média de 0,5 milissegundos de diferença para a rotação normal da Terra.
Dessa vez, uma solução inusitada seria retirar um segundo da conta final do ano, fazendo com que ele acabe mais rápido.