TRI: como funciona o método antichute que calcula nota do Enem

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No Enem, é possível que dois candidatos acertem o mesmo número de questões e ainda assim tenham notas diferentes.

Isso é por causa da Teoria de Resposta ao Item (TRI), um modelo matemático usado para calcular a nota da prova e que confunde a cabeça de muita gente. Chamado também de sistema “antichute”, o modelo leva em conta a coerência das respostas.

O que acontece é que as questões possuem níveis de dificuldade diferentes, logo, duas pessoas podem ter acertado o mesmo número, mas enquanto um acertou as mais fáceis, outro acertou a maioria das mais difíceis, errando as fases.

Esse segundo, provavelmente é um candidato que “chutou” muitas respostas, e teve muita sorte.

O objetivo do TRI no Enem é fazer com que o “sortudo” não seja beneficiado, em detrimento do colega que acertou as mais fáceis, mas estudou.

A prova funciona com três níveis de dificuldade, tendo questões fáceis, médias e difíceis. Acertar uma questão mais difícil e errar uma mais fácil, com o TRI, vai render pontuação menor do que se fosse ao contrário.

João Pitoscio Filho, coordenador de química do Grupo Etapa, resume o funcionamento do TRI. “O esperado é que o candidato tenha um desempenho melhor nas mais simples. O TRI faz uma análise estatística, ‘antichute’, para calcular uma nota final que indique se houve coerência nas respostas”, explica.

Precisa mesmo?

Sim, precisa. O TRI tem várias utilidades, além de tornar todo o sistema de avaliação mais justo com quem realmente estudou e se preparou para a prova.

Ele facilita também a comparação entre dois candidatos, mesmo que fizerem a prova em anos diferentes. Além disso, com o TRI é mais difícil haver empates, já que as notas possuem duas casas decimais depois da vírgula.

Uma dica para se dar bem no Enem, levando em conta o TRI, é focar primeiro nas questões mais fáceis.

No início da prova, o candidato está mais descansado e focado, então pode ser uma boa opção já garantir os primeiros pontos, deixando as perguntas mais “cabeludas” para o final, já que vão acabar fazendo menos diferença no final.

Se nada der certo, o bom e velho chute continua valendo. Ele só não é mais tão “milagroso” assim.



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