A pequena vila de Omaui, na Nova Zelândia, declarou guerra aos gatos. A ideia é banir os felinos do local, já que eles estariam caçando boa parte da vida selvagem, ameaçando inclusive espécies que estão em extinção. Na verdade, o país inteiro parece ter um problema com a grande quantidade de gatos que vive por lá, que pode ser proporcionalmente maior do que em qualquer outra parte do mundo.
A ideia, que foi proposta por uma agência ambiental local, é que os gatos que já atualmente vivem por lá continuem normalmente, mas depois que morrerem, seus donos seriam proibidos de adotar novos felinos. Castração e identificação via microchip também seriam obrigatórias.
O problema em Omaui é que a cidadezinha fica localizada ao lado de uma reserva ambiental e os gatos saem para caçar durante a noite, ameaçando a vida selvagem da região, principalmente os pássaros e pequenos mamíferos, presas preferidas dos felinos. Em resumo, os gatos estão se tornando uma verdadeira praga, não só na região, mas em toda a Nova Zelândia.
A proposta já foi levada à câmara legislativa e deve passar ainda por um referendo popular. O objetivo é que a decisão sobre a medida seja feita até outubro e até lá, organizações de defensores dos gatos e sociedades voltadas à proteção do meio ambiente e da fauna selvagem vão se chocando. É difícil dizer qual dos dois lados tem razão.
Atirando o pau no gato
Estima-se que aproximadamente metade das residências da Nova Zelândia possua pelo menos um gato de estimação, fora os que não possuem um lar. Com isso, é possível que o país tenha a maior quantidade de gatos per capta do mundo. Os felinos foram introduzidos pelos colonizadores europeus e desde então sua população só vem aumentando.
Estima-se que apenas na Nova Zelândia, os felinos tenham sido responsáveis pela extinção de 25 espécies selvagens, além de colocar outras 120 em risco. Desde 2015, o governo local tem permitido a caça de gatos selvagens, o que por si só já é uma polêmica no país.