Quem nunca soltou um belo palavrão depois de tropeçar ou bater em alguma coisa? Segundo um estudo, xingar é realmente uma boa para ajudar a aliviar a dor.
A pesquisa mostrou que as palavras de baixo calão, quando saem de forma espontânea, acabam tendo um efeito analgésico, por mais estranho que possa parecer. E não adianta substituir o palavrão por “catapimbas”.
Na verdade, a relação entre os palavrões e a diminuição da dor já vem sendo estudada por diversos pesquisadores.
A diferença agora é que, aparentemente, não basta xingar “de leve”, mas com vontade, como mostrou um estudo publicado na revista Frontiers in Psychology. Na pesquisa, 92 voluntários colocaram as mãos em um balde com água muito fria, entre 3 e 5 graus.
Eles podiam escolher uma palavra para xingar a cada 3 segundos. A primeira era “fuck”, o clássico palavrão em inglês. As outras duas eram inventadas, uma sendo “fouch”, uma mistura de “fuck” e “ouch” (interjeição de dor) e a outra sendo “twizpipe”, que não tem significado.
No final das contas, os mais “boca suja” conseguiram resistir à dor 33% mais do que os outros.
Ainda não se sabe exatamente como esse efeito funciona, mas está comprovado que existe. Algo que pode funcionar como uma pista para os cientistas está no fato de que as pessoas que não costumam falar palavrões no cotidiano perceberam um aumento na tolerância à dor ainda maior do que aqueles que não economizam na hora de reclamar.
Um p*ta mistério
O que está sendo notado pelos pesquisadores é que a sensação de “proibido” que algumas pessoas tem ao xingar, ou seja, aquelas que consideramos mais educadas, sofrem um efeito analgésico muito maior do que aqueles que já incorporaram os palavrões ao seu vocabulário comum.
O mais provável é que a “transgressão” ative algum receptor no cérebro que acabe colaborando ao diminuir a sensação de dor. Por isso, não adianta sair xingando a tudo e a todos, guarde aquelas expressões mais cabeludas para quando realmente precisar, ou não vai adiantar b*sta nenhuma.