Em meados de janeiro de 2018, diversas cidades dos Estados Unidos enfrentaram temperaturas baixíssimas no início de inverno no hemisfério norte.
A onda de frio foi tão intensa que até o norte do estado da Flórida, no extremo sul do país e famoso por suas temperaturas bem amenas nesta época do ano, viu neve pela primeira vez em 30 anos.
E isso causou um fenômeno pra lá de curioso: uma “chuva” de iguanas.
Muitos exemplares dessa espécie de réptil começaram a cair do topo de árvores do estado, segundo relatos do moradores. E apesar de muitas fotos mostrarem os animais estáticos e paralisados no chão, não se preocupe: eles não estão mortos.
As iguanas, por serem répteis, possuem sangue frio e seu organismo funciona de forma bem mais lenta que o nosso após ficarem expostas a temperaturas bem baixas. Apesar de aparentarem estar imóveis, elas ainda continuam respirando normalmente.
Mas, claro, isso não significa que elas não podem sofrer com o frio. Muitos estudiosos afirmam que as iguanas não resistem mais do que dois dias seguidos a temperaturas abaixo dos 7 graus. Depois desse prazo, já podem contrair doenças que podem levá-las a óbito.
Na época, especialistas orientaram os moradores do estado a colocarem os animais em locais mais quentes, caso se solidarizem com as iguanas “quase” mortas. Mas é algo que requer cuidados, já que elas podem se sentir ameaçadas e atacar.
Onda de frio: mais gelado que Marte
Na mesma época, uma onda de frio extremo atingiu a costa leste dos Estados Unidos e Canadá. Para se ter dimensão disso, muitos especialistas afirmaram que a sensação térmica ao norte do estado de Ontário, no Canadá, podia chegar a 50 graus negativos.
O frio era tão intenso que a temperatura média de Marte estava um pouco mais “agradável”: a sonda Curiosity, que explora o Planeta Vermelho em uma região próxima à linha do Equador do planeta, registrou máxima de seis graus negativos no dia primeiro de janeiro daquele ano.