É possível ter uma ideia do susto que os cuidadores de uma mulher que estava em estado vegetativo há quase 10 anos tiveram quando ela entrou em trabalho de parto. A história, apesar de improvável, não tem nada de milagroso ou absurdo: a jovem foi vítima de abuso sexual por parte de algum dos funcionários da Phoenix Hacienda HealthCare, clínica onde está internada.
No último dia 29 de dezembro, a paciente começou a emitir pequenos gemida, colocando em alerta a equipe da clínica localizada na cidade de Phoenix, no estado americano do Arizona. Quando os funcionários chegaram, se deram conta de que ela estava entrando em trabalho de parto. O bebê nasceu saudável, mas a história continua confusa, principalmente quando sabemos que a mãe está em estado vegetativo há quase 10 anos.
A clínica faz parte de uma rede de 40 unidades, comandadas por uma organização sem fins lucrativos. A administração emitiu um comunicado onde afirma estar colaborando com as investigações da polícia, além de estar instruindo seus colaboradores a trabalharem com novos protocolos de segurança no tratamento com os pacientes.
Ninguém foi preso até o momento, mas as autoridades estaduais continuam investigando. O governador do Arizona, Doug Ducey, também manifestou sua indignação com o caso. O bebê continua saudável e a mulher ainda está em estado vegetativo.
Confiança quebrada
Karina Cesena é mãe de uma outra paciente internada na Phoenix Hacienda HealthCare. Sua filha sofreu danos cerebrais em um acidente e não consegue mais falar ou andar, embora consiga compreender o que acontece a sua volta e responda “sim” ou “não” com movimentos simples. Cesena afirma que não confia mais na clínica após o caso de abuso sexual.
Outros familiares de pacientes mostraram opiniões similares e eles têm motivos. Em 2013 uma situação parecida ocorreu, porém o abuso não foi consumado e o funcionário responsável foi identificado e detido.