Surgiu nas redes sociais um vídeo onde uma apoiadora do governo recomenda o uso de água tônica no tratamento do coronavírus. Será que isso é verdade?
A justificativa seria que o refrigerante é fabricado a base de quinino, do qual a tão falada cloroquina seria derivada. Acontece que, infelizmente, as coisas não são tão simples assim e os cientistas ainda não conhecem uma cura para o Covid-19.
No vídeo, Victória Peixoto, pré-candidata a vereadora pela cidade de Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul, recomenda a bebida como alternativa a quem não tem acesso a cloroquina, droga que ainda está sendo estudada no combate ao coronavírus.
No entanto, o governo e seus apoiadores são a favor de seu uso no tratamento, mesmo sabendo dos efeitos colaterais graves.
Veja o vídeo:
Acontece que tudo não passa de coincidência de nomes. A água tônica é feita da casca de uma árvore chamada cinchona, que contém hidrocloreto de quinina, a substância responsável pelo gosto amargo da bebida.
Assim como a cloroquina, essa substância já foi usada no passado para o tratamento de malária, mas as semelhanças terminam por aí. Quinina e cloroquina não possuem nenhuma relação.
Além disso, mesmo que houvesse uma eficácia comprovada da quinina contra o coronavírus, a quantidade presente no refrigerante é insignificante para eficácia a nível terapêutico.
A melhor alternativa continua sendo ficar em casa e respeitar as medidas propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.