Robô da Nasa descobre partes de Marte parecidas com a Terra

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Em quatro anos, o robô Curiosity fez descobertas incríveis sobre Marte. A mais recente tem relação com a semelhança entre o planeta vermelho e a Terra.

Segundo a Nasa, responsável pelo envio do robô, produtos químicos encontrados em rochas marcianas apontam que Marte já teve mais oxigênio. Foram descobertos altos níveis de óxido de manganês em um ponto do planeta.

Além disso, há outras evidências encontradas por Curiosity que apontam semelhanças entre Marte e Terra, como pistas que indicam antigos lagos. Ou seja: tempos atrás, o ambiente marciano era mais terráqueo do que se imaginava. (Veja também: 10 problemas obscuros que dificultam missões tripuladas a Marte)

O robô Curiosity investiga áreas da cratera Gale desde 2012. O óxido de manganês tem sido encontrado em rachaduras cheias de minerais. Oito anos antes, em 2004, o robô Opportunity, da Nasa, também encontrou depósitos de manganês a milhares de quilômetros de onde está o Curiosity hoje. Aparentemente, é uma condição uniforme do planeta.

Óxido de manganês em Marte

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O óxido de manganês foi encontrado em veias minerais de Marte. O nível mais elexado de oxigênio pode ser atribuído a um momento em que águas subterrâneas estavam presentes na área de estudo do robô Curiosity.

Segundo a pesquisadora Nina Lanza, do Los Alamos National Laboratory de Novo México, as únicas formas conhecidas até o momento de se fazer óxido de manganês são com oxigênio ou micróbios. “Agora estamos tentando descobrir como diabos esse composto se formou por lá”, disse. (Veja também: 8 maneiras nas quais astronautas poderiam morrer em viagens para Marte)

Micróbios ainda não são uma hipótese considerada. A probabilidade maior é de que havia mais oxigênio na atmosfera de Marte no passado. “Estes materiais não podem se formar sem lotes de água líquida e condições fortemente oxidantes. Aqui na Terra, tivemos muita água, mas nenhum depósito generalizado de óxido de manganês até que os níveis de oxigênio em nossa atmosfera aumentaram”, afirmou Nina Lanza.

Formação de oxigênio em Marte

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Considerada a hipótese, a pesquisadora Nina Lanza explica como o oxigênio se formou em Marte. “Uma forma potencial que o oxigênio poderia ter começado a se formar na atmosfera é a partir da quebra de água quando o planeta estava perdendo seu campo magnético”, disse. (Veja também: Planeta mais jovem do universo é descoberto por cientistas)

Nesse momento da história, de acordo com a cientista, a água era bem mais abundante em Marte, mas como não havia um campo magnético protetor para a superfície, a radiação ionizante começou a dividir moléculas de água em hidrogênio e oxigênio. A baixa gravidade marciana impossibilitou que os átomos mais leves de hidrogênio fossem agarrados. No entanto, os átomos de oxigênio ficaram acoplados em rochas.

O oxigênio seria, inclusive, o responsável pelo tom avermelhado do pó oxidado que cobre a superfície de Marte nos dias de hoje. “É difícil confirmar se este cenário de oxigênio atmosférico realmente ocorreu, mas é importante notar que essa ideia representa um desvio em nossa compreensão de como planetária atmosferas pode tornar-se oxigenado”, explicou Lanza. (Veja também: Dias da Terra estão contados, afirma o físico Stephen Hawking)



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