Google e mais gigantes patrocinam evento que nega mudanças climáticas

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Quando pessoas que negam mudanças climáticas no planeta se reúnem em uma conferência, já é algo preocupante. Quando essa conferência é apoiada por empresas do porte de Google, Facebook e Microsoft, o alerta vermelho se acende. Essas e outras grandes empresas já se posicionaram em campanhas que alertavam sobre o aquecimento global, mas aparentemente, por questões mercadológicas, algumas opiniões podem mudar de uma hora para a outra.

O evento, intitulado LibertyCon, contou com participantes conhecidos pela luta contra as medidas para a diminuição do aquecimento global e negação das mudanças climáticas. Uma das organizações envolvidas no evento é a chamada CO2 Coalition, que busca promover a ideia de que as altas de dióxido de carbono no ar são benéficas para a humanidade, associando o gás estufa a qualidade de vida e até mesmo riqueza.

Outros nomes presentes no evento eram ligados a organizações como o Instituto Heartland e a Heritage Foundation, essa última uma das grandes responsáveis for forçar o governo americano a retirar o país do Acordo de Paris sobre o clima. Essas organizações, geralmente ligadas a políticos de extrema direita, reúnem empresários e pesquisadores que negam as mudanças climáticas e lutam para evitar medidas que visam colaborar com a diminuição do aquecimento global.

O Google foi o maior doador do evento, sendo classificado como “patrocinador platina”. A empresa colaborou com 25 mil dólares, enquanto Facebook e Microsoft, “patrocinadores ouro”, doaram 10 mil dólares cada para a organização da LibertyCon.

“Não é bem assim…”

Questionadas sobre os patrocínios, as três empresas acabaram saindo pela tangente. A assessoria do Google, por exemplo, afirmou que tinha interesse em sessões de discussão sobre regulamentação da internet e a livre criação e inovação no campo tecnológico, que de fato ocorreram durante a LibertyCon, paralelamente aos painéis que negavam as mudanças climáticas. O Facebook apresentou políticas parecidas em suas respostas.

Em comunicado, a Microsoft deixou claro que não mistura as coisas. “Nosso compromisso com a sustentabilidade não é alterado ou afetado por nossa associação ou patrocínio de uma organização. Trabalhamos com muitos grupos em questões de política de tecnologia e não esperamos nem antecipamos que a agenda de qualquer organização se alinhará com a nossa em todas as áreas políticas”, disse um porta-voz.



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