A tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) foi acordada na última quinta-feira com um alarme de fumaça, que começou a tocar na parte russa da estrutura.
Após checarem o problema, os astronautas se encontram bem, sem correr nenhum risco, e até mesmo uma saída para o espaço, agendada para este final de semana, continua programada normalmente.
O alarme soou no módulo Zvezda, que faz parte da ISS desde o ano 2000, sendo de responsabilidade da Roscosmos, a agência espacial russa.
De acordo com o astronauta Oleg Novitsky, a situação foi normalizada, embora não se saiba exatamente a origem do foco de incêndio. Ele e o astronauta francês Thomas Pesquet confirmaram que sentiram cheiro de fumaça e plástico queimado.
Em comunicado oficial, a Roscosmos disse que o alarme acabou sendo ativado durante um processo de recarga das baterias do mesmo.
Após outro processo, desta vez para purificar o ar da ISS da fumaça gerada pelo defeito, os astronautas puderam voltar a dormir normalmente e tudo parece estar nos conformes, apesar da falta de detalhes sobre o que causou o princípio de incêndio.
Em 2014, o módulo Zvezda passou por uma situação parecida, que foi controlada também sem maiores problemas. No mesmo módulo, em 2020, foi detectado um vazamento de ar, que os astronautas perceberam ao soltar folhas de chá na estação, que foram levadas diretamente ao local do vazamento pela despressurização do ambiente.
A idosa ISS
Após mais de 20 anos em órbita, inúmeros reparos e vários módulos acoplados ao longo desses anos, a Estação Espacial Internacional (ISS), começa a mostrar os sinais da idade.
Os defeitos têm sido cada vez mais comuns e com reparos mais complexos, o que está prestes a tornar seu funcionamento inviável.
O lado russo da estação parece ser o mais problemático, com vários módulos frequentemente apresentando defeitos e colocando em risco toda a operação.
De acordo com alguns cientistas, a solução mais segura é inutilizar a ISS até o final dessa década, quando a estação espacial chinesa e outras alternativas mais modernas já estarão no início de seu funcionamento.