La Casa de Papel? Roubo espetacular já aconteceu na Argentina

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A aclamada série La Casa de Papel gira em torno de assaltos espetaculares. Algo parecido chegou a acontecer na vida real, mas não na Espanha e sim na Argentina. Em um acontecimento que renderia uma série ou filme, 6 assaltantes mantiveram 23 reféns em um banco no subúrbio de Buenos Aires e o desfecho de tudo isso não foi menos cinematográfico do que a atração da Netflix.

O assalto mobilizou mais de 300 policiais e toda a mídia argentina transmitindo a ação, que durou 5 horas e aconteceu em janeiro de 2006. Os assaltantes invadiram o Banco Río em Acassuso, região metropolitana de Buenos Aires de altíssimo padrão. Após as 5 horas de negociações e tensões, a polícia invadiu o banco para descobrir que os bandidos haviam fugido através de túneis, usando botes infláveis.

Eles roubaram 15 milhões de dólares, tirados de 147 cofres. Em um deles, um audacioso bilhete foi deixado. A mensagem: “Em bairro de ricaços, sem armas nem rancores, é só grana e não amores”. Todos os membros da quadrilha foram presos, mas não passaram muito tempo na cadeia por uma série de motivos. O principal deles é o de que usaram armas de brinquedo, ou seja, não representavam risco para a sociedade. Apenas para o banco, que era o objetivo real.

Dos 15 milhões de dólares roubados, apenas 1 milhão foi recuperado e não se sabe o que foi feito dos outros 14. Na verdade, só foram pegos pela polícia porque a esposa de um deles o denunciou, já que ele pretendia gastar sua parte do dinheiro com uma amante.

O Professor

A história não para de ficar mais surreal e mais parecida com La Casa de Papel. Havia um “Professor”, chamado Fernando Araujo. Artista plástico, tem até hoje um ateliê que fica a dez quadras do banco. Foi dele a ideia e todo o método de execução do assalto, que envolveu o recrutamento dos outros bandidos e um planejamento de dois anos.

Levaram um ano e meio para construir o túnel por onde fugiram e passado todo o caos, hoje todos eles vivem vidas normais. Um dos assaltantes, uruguaio, voltou ao seu país e trabalha em uma joalheria. Araujo continua pintando e trabalha no roteiro de um filme sobre o assalto. Parece que a Netflix vai ter uma concorrência um tanto quanto desleal.



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