Napoleão pode ter morrido por usar perfume demais, segundo estudo

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A morte de Napoleão Bonaparte é cercada de mistérios e até hoje, passados exatos 200 anos, novas hipóteses continuam surgindo.

De acordo com um novo estudo, o imperador da França pode ter vindo a óbito por causa de seu hábito em usar quantidades enormes de perfume. Na versão oficial, ele teve câncer de estômago, mas até mesmo a possibilidade de envenenamento é admitida.

A nova hipótese acaba unindo a versão oficial e a possibilidade de envenenamento. Não por arsênico, como muitos acreditam, mas sim por óleos essenciais, presentes nos perfumes que Napoleão usava.

A longo prazo, essas substâncias, especialmente as que eram usadas na fabricação da colônia favorita do imperador, acabariam prejudicando sua saúde, levando ao câncer no estômago.

De acordo com o professor Parvez Haris, da De Montfort University, em Leicester, Inglaterra, “Le Chapeau” (“O Chapéu”, um dos vários apelidos dados a Napoleão pelos soldado de seu exército) costumava usar de dois a três frascos por dia de água-de-colônia.

Ele tinha ainda o hábito de beber diariamente água de flor de laranjeira, cuja composição também levava óleos essenciais.

A grande quantidade de perfumes consumida pelo imperador o levou a ter vários problemas de saúde durante a vida, que foram de hipotireoidismo a convulsões, sendo o câncer de estômago a última fatalidade.

Napoleão era fanático por água de colônia e não raro se banhava com o produto, chegando a beber pequenas quantidades e a lavar o rosto e os olhos com ela.

Algo não cheira bem

O uso de grandes quantidades de perfume por parte de Napoleão tinha como base a crença do imperador de que o produto ajudava a curar e prevenir doenças, o que, obviamente, não é comprovado cientificamente.

Ele levava muitos frascos consigo até mesmo durante as campanhas militares e os soldados não raramente tomavam conhecimento de sua presença no campo de batalha pelo cheiro característico.

De fato, a colônia acabou ajudando Napoleão em algumas campanhas, especialmente na África, mas não por conter propriedades medicinais.

Acontece que o perfume leva álcool em sua composição, o que acaba funcionando como um antisséptico, matando bactérias e outros microrganismos.



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