Não é só nos Estados Unidos que o governo é cobrado por explicações a respeito de avistamentos de OVNIs e objetos similares.
No Brasil, o caso mais conhecido de conhecimento das autoridades foi a chamada Operação Prato, uma investigação das Forças Armadas iniciada em 1977, na região de Belém, no Pará, que contaria com uma série de imagens e documentos ainda não revelados.
Tudo começou em pequenos povoados nos entornos da capital paraense, onde moradores começaram a relatar o avistamento de OVNIs e “coisas estranhas” no céu.
Além disso, haviam relatos de luzes que queimavam ou furavam a pele ao atingir as pessoas. Alguns chegaram a dar entrada em hospitais com sintomas como febre e tontura depois de serem expostos ao fenômeno.
As notícias começaram a gerar pânico na população, que chegou a tentar enfrentar os supostos aliens na base da espingarda.
Foi necessária então a intervenção das Forças Armadas, que permaneceram na região por 4 meses entrevistando testemunhas e observando os céus. Ao todo, haveriam mais de 2 mil páginas de relatórios e horas de filmagens em câmeras Super-8 e Super-16.
O problema é que quase nada disso está acessível. A Operação Prato foi encerrada sem nenhuma conclusão e a Aeronáutica garante que tudo o que existia já foi divulgado nos jornais da época e no Arquivo Nacional, onde os documentos sobre OVNIs estão entre os mais acessados da plataforma digital.
Capitão Hollanda e o mistério
A Operação Prato foi comandada pelo capitão da Aeronáutica Uyrangê de Hollanda Lima. Ele recebeu ordens de seus superiores para encerrar as investigações, mas 20 anos depois, ele seria o principal responsável pela divulgação do ocorrido.
Em 1997, ele procurou a revista UFO e fez revelações bombásticas a respeito do que viu e o que as Forças Armadas tinham registrado.
Dois meses depois, o agora coronel reformado tirou a própria vida em sua casa, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Há muitas teorias a respeito de queima de arquivo ou outras conspirações, mas a verdade é que desde o ocorrido em 1977, Hollanda sofria com depressão e já havia tentado se suicidar outras vezes.
O caso permanece sendo um grande ponto de interrogação.