9 pessoas reais que inspiraram monstros de Halloween

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Demônios e lobisomens, bruxas e necromantes, vampiros e múmias, todas essas criaturas enfeitam as ruas e as festas durante o Halloween.

No entanto, por trás de cada monstro fictício, existiu uma pessoa real, que vivia uma vida real e que cometia – ou sofreu – crimes infelizmente reais.

Veja a história de 9 pessoas reais que inspiraram monstros de Halloween:

Pedro Valdo

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Na França, bruxaria costuma ser sinônimo de “valdense”, uma referência direta a um movimento liderado por Pedro Valdo, que a Igreja Católica acusou de heresia no século XII, um grupo que renunciava suas riquezas e pregavam a Bíblia no idioma local, em vez de em latim. Como os ricos nunca gostam de quem dá informação e cultura aos pobres, a Igreja Católica caçou os valdenses, ato que incluiu livros sobre como identificar, caçar, torturar e executar os membros do secto. A caça aos valdenses foi a primeira caça às bruxas em larga escala, com direito a acusações infundadas, como dançar de noite com demônios e praticar orgias sádicas. O grupo durou até os tempos de Inquisição, quando muitos foram capturados e forçados a confessar todo tipo de ato profano, o que popularizou sua má fama e consagrou o poder dos inquisidores.

Peter Stumpp

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Na pequena cidade germânica de Beburg durante o século XVI, os aldeões sofreram um período de medo enquanto gado e pessoas sumiam misteriosamente e relatos de uma enorme criatura de olhos vermelhos grandes e largos atormentava a região, o que os obrigou a se armarem e caçarem a besta durante a noite. Em uma noite de 1589 – depois de anos que os sumiços haviam começado -, o povo finalmente cercou a criatura, que na verdade era Peter Stumpp. Ameaçado de tortura, ele confessou ter matado quinze pessoas depois de ter feito um pacto com o Diabo aos 12 anos de idade, que lhe deu um cinto com os poderes de licantropia em troca de sua alma – obviamente, o artefato nunca foi encontrado. Só pra piorar a situação, ele foi acusado de casar com uma súcubo, devorar o próprio filho – que ele teve com a própria filha – e de usar suas atividades diárias pra escolher suas próximas vítimas. Por seus crimes, seus ossos foram quebrados em uma roda e depois ele foi decapitado e cremado – o pessoal levava as execuções a sério naquela época. Tragicamente, sua esposa e filha foram executadas juntas, acusadas de serem cúmplices. Até que ponto toda essa história foi real, é um eterno debate, mas é provável que existe alguma verdade aqui. Ele poderia estar no lugar errado e na hora errada, ou poderia ser realmente um assassino em série. Também existe a hipótese de graves doenças mentais e uma vida em constante ameaça por lobos, o que o levou a acreditar ser um.

Alice Kyteler

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Kyleter’s Inn é um popular pub em Kilkenny, Irlanda, e foi fundado por Alice Kyteler, uma bruxa do século XIII. Alice teve quatro maridos e vários filhos, até que seu último marido ficou misteriosamente doente e declarou que iria deixar a maior parte das suas riquezas pra ela e o filho do casal, o que gerou conflito entre os outros filhos de Alice, que se uniram e acusaram-na de bruxaria. As acusações incluíam matar animais e distribuir seus pedaços pela estrada pra invocar Satanás e fazer poções pra enfeitiçar suas vítimas – obviamente, ela não teve poder mágico nenhum pra se salvar da perseguição e do julgamento. Em 1324, a Igreja declarou que toda a cidade era alvo de bruxaria e paganismo se tornou oficialmente crime pela primeira vez na história. Se Alice realmente assassinou seus quatro maridos, nunca saberemos, mas ela conseguiu fugir pra Inglaterra antes de ser capturada, deixando pra trás uma serva, Petronilla de Meath, que confessou – sob tortura – a bruxaria e foi executada por compactuar com os supostos crimes de sua senhora.

Giovanni Aldini

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Sabe o livro Frankenstein? Então, foi parcialmente baseado numa história real. Giovanni Aldinni foi sobrinho de Luigi Aldini, pioneiro nas pesquisas de eletricidade muscular – Luigi ficou famoso por eletrocutar pernas de rãs em sala de aula, tornando os laboratórios mais macabros do que nunca, ou mais interessantes, dependendo do seu gosto. Acontece que Giovanni decidiu ir além e fazer o mesmo experimento com George Foster, um criminoso enforcado por ter assassinado a própria família. De acordo com os jornais da época, os olhos de Foster se abriram e suas pernas tentaram andar quando seu corpo foi eletrocutado. O mesmo jornal também disse que alguém morreu por culpa do cadáver, tornando Foster o primeiro assassino morto-vivo da história. Aldini causou pesadelos em toda a Europa com seus experimentos, mas foi reconhecido pelo College of Surgeons por reanimar um coração. Como sempre a ciência real tropeça em um cientista louco – ou seria o contrário?

Abhartach

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Como já deu pra perceber, quanto mais antiga a história, mais ela se torna uma lenda. Entre o século V e VI, a Irlanda era dividida entre incontáveis senhores feudais que tinham o hábito de empalar inimigos pelas estradas pra deixar bem claro o que acontecia com quem pisava no calo deles. Acontece que um desses caras foi particularmente impopular, o que atraiu boatos e acusações que envolviam magia negra, canibalismo e basicamente tudo o que o Diabo gosta. Seu nome era Abhartach e, quando finalmente foi morto por um dos seus inimigos, houve relatos de que ele havia retornado do túmulo e estava exigindo um novo tipo de tributo: o sangue. Quando o povo pediu socorro aos monges locais, eles o identificaram como um dearg-diulai, um tipo de morto-vivo que bebe sangue e é invencível. Eles caçaram Abhartach, mataram-no com uma espada de madeira, enterraram-no de cabeça pra baixo e botaram enormes pedras em cima da cova, só pra garantir – o local é uma atração turística hoje em dia. Não dá pra saber quais pontos dessa história são reais ou não, mas a região é acusada de maldição até os dias atuais. Seria a maldição do vampiro? Talvez!

Anneliese Michel

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Nascida em Bavaria em 1952, Anneliese Michel fazia parte de uma família devotadamente religiosa, que acreditava que ela deveria pagar pelos pecados da mãe. Quando sua irmã ilegítima faleceu aos 8 anos de idade, a paranoia da família só piorou. Todas as suspeitas se confirmaram quando Anneliese foi diagnosticada com epilepsia aos 17 anos de idade. Enquanto as crises pioravam, a jovem começou a demonstrar os sintomas de possessão demoníaca – pode chamar de alucinações, se preferir. A medicina da época não ajudou muito e a Igreja local ordenou que os tratamentos fossem suspensos. Como você pode imaginar, daí pra frente foi tudo ladeira abaixo. Durante as sessões de exorcismo, várias vozes clamavam nomes diferentes, como Hitler, Nero, Judas e até Satanás. Em seus últimos dias, Anneliese recusava comida e bebida, gritava dia e noite, batia a cabeça contra a parede até sangrar e lambia a própria urina, até morrer de inanição e pneumonia em 1 de julho de 1976, pesando apenas 30 quilos. Ela foi enterrada ao lado da irmã em uma área reservada pra suicidas, o que a corte local não concordou e acusou os pais e os sacerdotes envolvidos por negligência e homicídio. Quando a mãe foi entrevistada na época do lançamento do filme baseado na história da filha, O Exorcismo de Emily Rose, a idosa declarou que não tinha arrependimentos e que não havia outro meio. É isso que dá fanatismo religioso, crianças.

Clairvius Narcisse

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Clairvius Narcisse faleceu em 1962, dois dias depois de dar entrada em um hospital no Haiti e seu corpo ficou congelado por vinte horas até sua família preparar o enterro. Dezoito anos depois, Angelina Narcisse encontrou um homem em um mercado, que se apresentou como o apelido de infância do seu irmão e que declarou ser o próprio Clairvius. A notícia se espalhou, médicos e psiquiatras confirmaram que ele realmente era quem dizia ser e sua história se revelou bastante macabra: seu próprio irmão o drogou, raptou e vendeu como um zumbi escravo pra ficar com sua parte da herança. Tudo faz algum sentido, exceto a parte do zumbi, certo? Bem, um estudante de Havard investigou o caso e teorizou que Clairvius foi submetido a uma série de alucinógenos, que o deixaram num estado próximo à morte e gerou sequelas depois que seu corpo foi resgatado e reanimado, deixando-o num estado quase catatônico, muito parecido como os zumbis dos filmes, mas sem instintos canibais.

Walpurga Hausmann

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Muitas mulheres viúvas e ricas foram acusadas de bruxaria e vampirismo nos séculos passados, mas só temos registros de uma que foi acusada das duas coisas – e que foi torturada até confessar, obviamente. De acordo com as acusações, Walpurga fez um pacto com o Diabo, que lhe concedeu o poder de absorver a juventude de suas vítimas através do sangue. Depois de confessar, ela teve que desfilar por cinco localizações da cidade, sendo cortada com ferro quente em cada parada, até ser queimada e suas cinzas jogadas no rio mais próximo. Deve ter sido horrível nascer antes da invenção da tevê.

Jure Grando

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Jure Grando viveu em Ístria, Croácia, durante o século XVII. De acordo com as lendas, Grando passou dezesseis anos após sua morte levantando do túmulo e visitando sua viúva durante as noites. Afinal, vampiros também amam. Além disso, ele também batia na porta dos vizinhos e matava quem atendesse o chamado. Não se sabe ao certo porque demoraram dezesseis anos pra tomar alguma atitude, mas um dia nove homens foram até a sua cova e encontraram-no sadio e aparentemente vivo lá dentro. Depois de uma tentativa falha de enfiar uma estaca em seu peito, eles cortaram sua cabeça, que gritou por mais tempo do que deveria, mas funcionou por fim: Conde Grando estava morto de novo. A cidade ainda conta a sua fábula e tem inclusive homenagens aos nove bravos que encerraram o seu reinado de terror.

Fonte: http://www.grunge.com/27868/actual-people-accused-real-halloween-monsters/

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