A escritora americana Nancy Crampton Brophy, de 68 anos, certa vez escreveu um ensaio intitulado “Como Matar o Seu Marido”. Parece que o texto acabou servindo como um manual, já que ela foi presa e acusada de matar o seu próprio marido, Daniel Brophy, a tiros no local de trabalho dele, que era professor de gastronomia.
Daniel foi encontrado morto com vários tiros por seus próprios alunos do Instituto de Culinária de Oregon, nos Estados Unidos. Ele tinha 63 anos. Dois dias depois, sua esposa Nancy chegou a publicar um texto emocionado no Facebook, onde falava sobre a triste morte do marido. Ela só não contou que era a principal suspeita.
Um vizinho do casal, que permaneceu unido por 27 anos, afirmou ter conversado com Nancy e confessa que achou curiosa a atitude fria dela em relação à morte do marido. Sem desconfiar, ele diz que pensou que ela devia ser uma mulher muito forte por conseguir manter a postura serena.
Nancy foi presa sem direito a fiança e quem acompanha o trabalho dela como escritora sabe que o tema é recorrente em sua obra. No texto de “Como Matar o Seu Marido”, ela descreve motivações, métodos, possíveis armas e ainda dá dicas como não utilizar um matador de aluguel ou veneno, já que ele poderia sobreviver e ficar apenas doente.
A vida imita a arte ou a arte imita a vida?
Outras obras de Nancy falavam de mulheres interessadas em matar o marido. The Wrong Cop (O policial errado, em tradução livre), conta a história de uma mulher que passava todos os dias pensando em matar seu marido. Seria uma autobiografia?
Já em The Wrong Husband (O marido errado, em tradução livre), uma mulher tenta se livrar de um relacionamento violento forjando a própria morte, o que mostra a fixação de Nancy sobre relacionamentos abusivos e mortes de cônjuges.